Painel realizado no Brasil Investment Forum apontou a necessidade de investimentos em educação e novas tecnologias para impulsionar o desempenho das empresas
A importância de investir em educação para qualificar ainda mais os profissionais, o desenvolvimento de tecnologias de ponta e, claro, a necessidade de implementar reformas que melhorem o ambiente produtivo nas empresas. Com esses temas em destaque, o painel “A produtividade no centro da agenda econômica” reuniu representantes do setor público e privado durante o Brasil Investment Forum, que está sendo realizado em São Paulo nos dias 10 e 11 de outubro.
O mediador foi Ludger Schuknecht, Secretário Geral Adjunto da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que provocou os palestrantes a falarem sobre os desafios a serem vencidos para alcançar o aumento da produtividade nas empresas ao longo dos próximos anos.
Caio Megale, Secretário Especial da Produtividade, Emprego e Competitividade Substituto no Ministério da Economia, destacou os pilares em que o órgão almeja fomentar a produtividade: boa infraestrutura, bom funcionamento dos mercados, capital humano e desburocratização do ambiente de negócios. “Temos que desenvolver estratégias que abordem e atraiam o setor privado, diferentes modos de financiamento, de forma a ter a capacidade para fazer todas essas coisas sem o suporte governamental”, explicou.
José Acosta, Presidente da Americas UPS, reforça a necessidade de as empresas passarem por um processo de digitalização. “Ainda se usa muito papel. Precisamos trocar as coisas que fizemos no passado. A transformação digital faz com que você resolva rapidamente problemas que você as vezes levaria uma década”, aposta.
Já o presidente da KPMG Brasil e na América do Sul, Charles Krieck, acredita que os investimentos em infraestrutura, a reforma tributária, novos ajustes na legislação trabalhista e incentivos à educação são imperativos para a obtenção de ganhos de produtividade. “Sobretudo, precisamos investir fortemente no ensino profissionalizante. Temos competência pra treinar as pessoas a desenvolverem determinadas atividades na indústria e no comercio. A curto prazo é uma medida importante. A médio prazo é preciso olhar as universidades”, recomenda.
A aposta em treinamentos, capacitações e no ensino também foram apontados como essenciais por Dirk Ahlborn, CEO da Hyperloop Transportation Technologies. “Gostaria de ver muito mais idiomas falados aqui no Brasil. Mas o capital humano que encontramos aqui no País é fantástico. O que também acho realmente necessário é incentivar a inovação, sentar junto às empresas e ouvi-las”, explica.
Bader Hareb, CEO da Emaar Properties PJS, falou sobre a evolução da produtividade nos Emirados Árabes Unidos, país onde fica a sede da empresa que atua com grandes empreendimentos imobiliários. “A diversificação é a chave para o nosso sucesso devido ao fato de que a cultura dos Emirados está em constante mutação. O governo local criou um ambiente que possibilitou à Emaar prosperar, e para isso é fundamental que os setores público e privado andem de mãos dadas”, contou.
Confira a íntegra do painel aqui: