Em painel com executivos do setor privado, Ministro Tarcísio de Freitas detalhou avanços no campo das concessões de aeroportos. Debate ocorreu no Brasil Investment Forum 2019
O Brasil Investment Forum 2019, em São Paulo, foi palco de um debate sobre a importância dos projetos de infraestrutura caminharem lado a lado com as medidas que propiciam o crescimento econômico. Com a presença do Ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, o painel “O novo ciclo de investimentos em infraestrutura no Brasil” teve também a participação de James Scriven (CEO da BID Invest), Donna Hrinak (Presidente da Boeing International Latin America), John Rodgerson (CEO da Azul), Marcelo Fujimoto (CEO do Mandaê) e Leonardo Viana (CEO do Grupo CCR).
Logo na abertura do encontro, que teve a moderação de Sarquis José Buanain (vice-presidente do NDB), o Ministro Tarcísio de Freitas destacou as quatro frentes de trabalho de sua pasta para incrementar os investimentos estrangeiros no Brasil: transferência massiva de ativos por meio de conexões, retomada de obras paradas, resolução de problemas que ficaram pendentes no passado e fortalecimento das agências reguladoras.
O Ministro destacou que em 2019 o Governo Brasileiro já realizou 27 leilões de concessão e disse que 2020 será um ano ainda melhor. “Porém, mais que uma lista de projetos, aprendemos com as conversas que tivemos com os investidores que precisamos mesmo é de um ambiente de negócios com mais segurança jurídica para os contratos. Precisamos ter bons mecanismos de equilíbrio financeiro e resolução de conflitos e evitar o excesso de judicialização”, afirmou Freitas.
Donna Hrinak elogiou o programa de concessões de aeroportos que vem sendo implementado pelo Governo Brasileiro e previu que até 2038 será necessário produzir 44 mil aviões (de transporte e de carga) em todo o mundo. Desse total, 56% serão novos aviões e o restante substituirá aeronaves que deixarão de ser utilizadas. “O maior crescimento será na América do Sul, e o mercado vai exigir rotas ponto a ponto que não vão passar por cidades como São Paulo. Com isso, haverá a necessidade de grandes investimentos em infraestrutura de aeroportos regionais”, aposta a executiva.
Na visão do CEO da Azul, o brasileiro ainda viaja muito pouco, em comparação com outros mercados da América Latina, como a Colômbia, o México e o Chile. “Temos que consertar isso. E vamos conseguir mudar esse cenário resolvendo o problema de infraestrutura. Mas estou muito otimista porque as oportunidades aqui são muito grandes para os investidores”, acredita John Rodgerson.
James Scriven, CEO do BID INvest, afirma que apoia os programas de governo para infraestrutura e que isso ajuda os investidores a mitigar os riscos de entrar nestes projetos. “Já atuamos no segmento de energia e estamos buscando oportunidades em outros setores como água e saneamento básico”, complementou.
O BIF conta com mais de 2 mil participantes oriundos de 45 países e que atuam em 37 setores da economia. O perfil dos inscritos inclui autoridades governamentais, empresários, investidores brasileiros e estrangeiros, startups e executivos de alto escalão de grandes corporações.
Assista à íntegra do painel “Segurança Jurídica e Agenda Anticorrupção”